28.6.10
"Top incomes and earnings in Portugal 1936-2005"
Artigo de Facundo Alvaredo publicado na revista Explorations in Economic History em 2009.
Abstract: This paper analyzes income and earnings concentration in Portugal from a long-run perspective using personal income and wage tax statistics. The results suggest that income concentration was much higher during the 1930s and early 1940s than it is today. Top income shares estimated from reported incomes deteriorated during the Second World War, even if Portugal did not take active participation in the conflict. However, the magnitude of the drop was less important than in other European countries. The level of concentration between 1950 and 1970 remained relatively high compared to countries such as Spain, France, UK or the United States. The decrease in income concentration, started very moderately at the end of the 1960s and which accelerated after the revolution of 1974, began to be reversed during the first half of the 1980s. During the last 15 years top income shares have increased steadily. The rise in wage concentration contributed to this process in a significant way. The evidence since 1989 suggests that the level of marginal tax rate at the top has not been a primary determinant of the level of top reported incomes. Marginal rates have stayed constant in a context of growing top shares.
Artigo de Facundo Alvaredo publicado na revista Explorations in Economic History em 2009.
Abstract: This paper analyzes income and earnings concentration in Portugal from a long-run perspective using personal income and wage tax statistics. The results suggest that income concentration was much higher during the 1930s and early 1940s than it is today. Top income shares estimated from reported incomes deteriorated during the Second World War, even if Portugal did not take active participation in the conflict. However, the magnitude of the drop was less important than in other European countries. The level of concentration between 1950 and 1970 remained relatively high compared to countries such as Spain, France, UK or the United States. The decrease in income concentration, started very moderately at the end of the 1960s and which accelerated after the revolution of 1974, began to be reversed during the first half of the 1980s. During the last 15 years top income shares have increased steadily. The rise in wage concentration contributed to this process in a significant way. The evidence since 1989 suggests that the level of marginal tax rate at the top has not been a primary determinant of the level of top reported incomes. Marginal rates have stayed constant in a context of growing top shares.
23.6.10
"Field experiments in Labor Economics"
Working paper da NBER de John List (Chicago) e Imran Rasul (UCL)
Abstract: We overview the use of field experiments in labor economics. We show case studies that highlight the central advantages of this methodology, which include: (i) using economic theory to design the null and alternative hypotheses; (ii) engineering exogenous variation in real world economic environments to establish causal relations and learning about the underlying mechanisms; and (iii) engaging in primary data collection and often working closely with practitioners. To highlight the potential for field experiments to inform issues in labor economics, we organize our discussion around the individual life cycle. We therefore consider field experiments related to the accumulation of human capital, the demand and supply of labor, behavior within firms, and close with a brief discussion of the nascent literature of field experiments related to household decision-making.
Working paper da NBER de John List (Chicago) e Imran Rasul (UCL)
Abstract: We overview the use of field experiments in labor economics. We show case studies that highlight the central advantages of this methodology, which include: (i) using economic theory to design the null and alternative hypotheses; (ii) engineering exogenous variation in real world economic environments to establish causal relations and learning about the underlying mechanisms; and (iii) engaging in primary data collection and often working closely with practitioners. To highlight the potential for field experiments to inform issues in labor economics, we organize our discussion around the individual life cycle. We therefore consider field experiments related to the accumulation of human capital, the demand and supply of labor, behavior within firms, and close with a brief discussion of the nascent literature of field experiments related to household decision-making.
22.6.10
Dificil de acreditar
Excerto de artigo no Publico sobre bases de matematica de alunos do ensino superior:
"Fizeram há dois anos uma prova de aferição para perceberem as suas dificuldades [alunos do Instituto Superior Tecnico]. Uma das perguntas – que servia para “aquecer” – era quanto é um meio mais um meio e a resposta era de escolha múltipla. Cerca de 27 por cento falhou."
Excerto de artigo no Publico sobre bases de matematica de alunos do ensino superior:
"Fizeram há dois anos uma prova de aferição para perceberem as suas dificuldades [alunos do Instituto Superior Tecnico]. Uma das perguntas – que servia para “aquecer” – era quanto é um meio mais um meio e a resposta era de escolha múltipla. Cerca de 27 por cento falhou."
20.6.10
17.6.10
Diagnostico sombrio
Segundo o Publico de hoje, "[Daniel Gros] entende que Portugal e Espanha não conseguirão escapar a "dez anos de recessão ou estagnação" económica. "Em Espanha parece bastante inevitável por causa dos enormes excessos no sector da construção nos últimos anos. [...]""
"Portugal seguirá o mesmo padrão, apesar de já ter passado vários anos em estagnação. "Basicamente, Portugal consumiu em excesso nos últimos dez anos e subinvestiu, sobretudo em capital humano, o que faz com que os trabalhadores portugueses não sejam competitivos mesmo com níveis salariais muito baixos. É por isso que é muito difícil ver qualquer crescimento em Portugal."
Mas isto ja se sabia ha varios anos, ainda antes da crise de 2007...
Segundo o Publico de hoje, "[Daniel Gros] entende que Portugal e Espanha não conseguirão escapar a "dez anos de recessão ou estagnação" económica. "Em Espanha parece bastante inevitável por causa dos enormes excessos no sector da construção nos últimos anos. [...]""
"Portugal seguirá o mesmo padrão, apesar de já ter passado vários anos em estagnação. "Basicamente, Portugal consumiu em excesso nos últimos dez anos e subinvestiu, sobretudo em capital humano, o que faz com que os trabalhadores portugueses não sejam competitivos mesmo com níveis salariais muito baixos. É por isso que é muito difícil ver qualquer crescimento em Portugal."
Mas isto ja se sabia ha varios anos, ainda antes da crise de 2007...
16.6.10
Tirada demagogica
"Não me parece nada razoável que, em período de crise, se desequilibre um dos partos da balança em prejuízo dos trabalhadores", disse um responsavel do grupo parlamentar do PS em relacao 'a proposta do PSD para facilitar a contratacao de desempregados (noticia no Publico).
"Não me parece nada razoável que, em período de crise, se desequilibre um dos partos da balança em prejuízo dos trabalhadores", disse um responsavel do grupo parlamentar do PS em relacao 'a proposta do PSD para facilitar a contratacao de desempregados (noticia no Publico).
15.6.10
Proposta do PSD para facilitar contratacoes de desempregados
Segundo o Publico, os principais aspectos sao:
-so se aplica a "inscritos há mais de seis meses nos centros de emprego";
-contratos com duracao maxima de tres ou quatro anos para o contrato a termo certo e incerto, respectivamente;
-renovacoes "sem limite, dentro do prazo, sendo que, após a terceira renovação, outras terão que ter um prazo mínimo de três meses cada";
-"efeito suspensivo automático na contagem do prazo do subsidio de desemprego" para desempregados contratados no ambito da proposta;
-permite a "acumulação parcial do valor do subsídio de desemprego, quando a remuneração auferida for inferior";
-acabam "as indemnizações a pagar pelas empresas em caso de não renovação do contrato"; e
-proposta a vigorar ate 2013.
Primeira reaccao: a proposta podera ter um impacto muito consideravel na reducao do desemprego de media e longa duracao.
Por um lado, o empregador arrisca pouco na contratacao destes desempregados: o contrato tem duracao flexivel e sua nao renovacao nao implica custos; e pode pagar salario baixo porque Estado cobre a diferenca em relacao ao valor do subsidio de desemprego.
Por outro lado, o desempregado ganha a oportunidade de voltar ao emprego e a um contrato de trabalho (vs um recibo verde), sem ver o subsidio de desemprego em risco caso a relacao nao funcione.
Segundo o Publico, os principais aspectos sao:
-so se aplica a "inscritos há mais de seis meses nos centros de emprego";
-contratos com duracao maxima de tres ou quatro anos para o contrato a termo certo e incerto, respectivamente;
-renovacoes "sem limite, dentro do prazo, sendo que, após a terceira renovação, outras terão que ter um prazo mínimo de três meses cada";
-"efeito suspensivo automático na contagem do prazo do subsidio de desemprego" para desempregados contratados no ambito da proposta;
-permite a "acumulação parcial do valor do subsídio de desemprego, quando a remuneração auferida for inferior";
-acabam "as indemnizações a pagar pelas empresas em caso de não renovação do contrato"; e
-proposta a vigorar ate 2013.
Primeira reaccao: a proposta podera ter um impacto muito consideravel na reducao do desemprego de media e longa duracao.
Por um lado, o empregador arrisca pouco na contratacao destes desempregados: o contrato tem duracao flexivel e sua nao renovacao nao implica custos; e pode pagar salario baixo porque Estado cobre a diferenca em relacao ao valor do subsidio de desemprego.
Por outro lado, o desempregado ganha a oportunidade de voltar ao emprego e a um contrato de trabalho (vs um recibo verde), sem ver o subsidio de desemprego em risco caso a relacao nao funcione.
14.6.10
Nuno Garoupa no Jornal de Negocios
"Portugal e Espanha perdem neste momento a sua segunda oportunidade para fazer importantes reformas estruturais na justiça e na administração pública em trinta anos. A gestão que Sócrates e Zapatero fizeram nos últimos seis meses foi a pior possível nesse contexto. Em vez de preparar um ambicioso programa de reformas, planeado a cinco anos e com objectivos claros de competitividade, ambos se entretiveram a negar a crise, a fugir da crise, a culpar todos, a gastar o que já não tinham. E, quando confrontados com a ira dos mercados e a intolerância alemã com o laxismo ibérico, puxaram de umas medidas amanhadas à última hora, de duvidosa eficácia a curto prazo e certamente prejudiciais a médio prazo. As trapalhadas do governo Zapatero e do governo Sócrates na implementação das medidas duras, os anúncios inconsistentes, as contradições entre os ministros demonstram bem como nada foi pensado, planeado, ou organizado."
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"Portugal e Espanha perdem neste momento a sua segunda oportunidade para fazer importantes reformas estruturais na justiça e na administração pública em trinta anos. A gestão que Sócrates e Zapatero fizeram nos últimos seis meses foi a pior possível nesse contexto. Em vez de preparar um ambicioso programa de reformas, planeado a cinco anos e com objectivos claros de competitividade, ambos se entretiveram a negar a crise, a fugir da crise, a culpar todos, a gastar o que já não tinham. E, quando confrontados com a ira dos mercados e a intolerância alemã com o laxismo ibérico, puxaram de umas medidas amanhadas à última hora, de duvidosa eficácia a curto prazo e certamente prejudiciais a médio prazo. As trapalhadas do governo Zapatero e do governo Sócrates na implementação das medidas duras, os anúncios inconsistentes, as contradições entre os ministros demonstram bem como nada foi pensado, planeado, ou organizado."
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700,000
Estimativa da emigracao portuguesa durante a ultima decada (1998-2008) de Alvaro S. Pereira. Cerca de 13% da populacao activa actual.
Estimativa da emigracao portuguesa durante a ultima decada (1998-2008) de Alvaro S. Pereira. Cerca de 13% da populacao activa actual.
13.6.10
11.6.10
Desinformação
Um exemplo no blog oficioso do governo, "Câmara Corporativa": a legislação laboral portuguesa é avaliada em termos da sua evolução nos últimos anos - não em termos do seu nível actual. Por outras palavras, não interessa se ainda é muito rígida desde que tenha sido flexibilizada um pouco na última década...
PS-Quem paga os bloggers da Câmara Corporativa? Muito provavelmente, directa ou indirectamente, o contribuinte. Um bom ítem para cortar despesa, nestes tempos de crise orçamental.
Um exemplo no blog oficioso do governo, "Câmara Corporativa": a legislação laboral portuguesa é avaliada em termos da sua evolução nos últimos anos - não em termos do seu nível actual. Por outras palavras, não interessa se ainda é muito rígida desde que tenha sido flexibilizada um pouco na última década...
PS-Quem paga os bloggers da Câmara Corporativa? Muito provavelmente, directa ou indirectamente, o contribuinte. Um bom ítem para cortar despesa, nestes tempos de crise orçamental.
9.6.10
"Reforma profunda" II
Esta tabela compara Portugal com a media da OCDE em termos de varios indicadores do mercado de trabalho, incluindo os niveis de "proteccao" do emprego:
Entre 1998 e 2009, o indice de rigidez da legislacao laboral calculado pela OCDE para Portugal passa de 3.5 para 2.9, comparado com uma media de 2.1 na OCDE.
Essa reducao deriva de simplificacoes nos despedimentos colectivos (cuja utilizacao pelas empresas se mantem em niveis baixissimos, mesmo na actual crise) e nos contratos temporarios (que concerteza nao promovem um mercado de trabalho mais equilibrado).
Confirma-se que Portugal permanece como um dos paises onde os contratos permanentes sao mais "protegidos":
Esta tabela compara Portugal com a media da OCDE em termos de varios indicadores do mercado de trabalho, incluindo os niveis de "proteccao" do emprego:
Entre 1998 e 2009, o indice de rigidez da legislacao laboral calculado pela OCDE para Portugal passa de 3.5 para 2.9, comparado com uma media de 2.1 na OCDE.
Essa reducao deriva de simplificacoes nos despedimentos colectivos (cuja utilizacao pelas empresas se mantem em niveis baixissimos, mesmo na actual crise) e nos contratos temporarios (que concerteza nao promovem um mercado de trabalho mais equilibrado).
Confirma-se que Portugal permanece como um dos paises onde os contratos permanentes sao mais "protegidos":
Por outro lado, a OCDE nao deixa de elogiar as reformas recentes feitas por Portugal:
8.6.10
"Reforma profunda"
“Portugal fez uma reforma profunda do seu mercado de trabalho", diz a ministra da pasta, segundo o Público. Ajudava se desse alguns exemplos, pois não é facil perceber em que é que consistiu essa reforma.
(A revisão do código do trabalho concerteza que não conta, tal foi a sua superficialidade em relação aos anacronismos que permanecem no mercado de trabalho português.)
Talvez a pressão externa (da União Europeia agora - e do FMI em breve, segundo me dizem) seja o que falta para finalmente mudar a sério o aparato legislativo herdado do 25 de Abril que tanto tem prejudicado a prosperidade da economia portuguesa: produtividade baixa, desigualdade salarial, precaridade/recibos verdes, etc.
A simplificação e flexibilização da lei laboral não é nenhuma panaceia que resolva todos os problemas - mas pode fazer a diferença entre mais uma década de estagnação e o retomar da convergência com a Europa.
“Portugal fez uma reforma profunda do seu mercado de trabalho", diz a ministra da pasta, segundo o Público. Ajudava se desse alguns exemplos, pois não é facil perceber em que é que consistiu essa reforma.
(A revisão do código do trabalho concerteza que não conta, tal foi a sua superficialidade em relação aos anacronismos que permanecem no mercado de trabalho português.)
Talvez a pressão externa (da União Europeia agora - e do FMI em breve, segundo me dizem) seja o que falta para finalmente mudar a sério o aparato legislativo herdado do 25 de Abril que tanto tem prejudicado a prosperidade da economia portuguesa: produtividade baixa, desigualdade salarial, precaridade/recibos verdes, etc.
A simplificação e flexibilização da lei laboral não é nenhuma panaceia que resolva todos os problemas - mas pode fazer a diferença entre mais uma década de estagnação e o retomar da convergência com a Europa.
"Econometric Methods for Research in Education"
Por Costas Meghir e Steve Rivkin, NBER WP 16003
Abstract: "This paper reviews some of the econometric methods that have been used in the economics of education. The focus is on understanding how the assumptions made to justify and implement such methods relate to the underlying economic model and the interpretation of the results. We start by considering the estimation of the returns to education both within the context of a dynamic discrete choice model inspired by Willis and Rosen (1979) and in the context of the Mincer model. We discuss the relationship between the econometric assumptions and economic behaviour. We then discuss methods that have been used in the context of assessing the impact of education quality, the teacher contribution to pupils' achievement and the effect of school quality on housing prices. In the process we also provide a summary of some of the main results in this literature."
Por Costas Meghir e Steve Rivkin, NBER WP 16003
Abstract: "This paper reviews some of the econometric methods that have been used in the economics of education. The focus is on understanding how the assumptions made to justify and implement such methods relate to the underlying economic model and the interpretation of the results. We start by considering the estimation of the returns to education both within the context of a dynamic discrete choice model inspired by Willis and Rosen (1979) and in the context of the Mincer model. We discuss the relationship between the econometric assumptions and economic behaviour. We then discuss methods that have been used in the context of assessing the impact of education quality, the teacher contribution to pupils' achievement and the effect of school quality on housing prices. In the process we also provide a summary of some of the main results in this literature."
4.6.10
"Adjudicação directa dos Magalhães foi ilegal, diz Bruxelas"
Noticia no Publico de hoje:
"A Comissão Europeia confirmou ontem que a adjudicação dos computadores Magalhães era ilegal face ao direito comunitário, mas decidiu arquivar o processo de infracção aberto contra Portugal depois de o Governo ter decidido abrir concurso público para os fornecimentos futuros.
Em contrapartida, Bruxelas prosseguiu o processo contra Portugal no caso dos computadores previstos nos programas e-escola, e-professores e e-oportunidades, que, ao contrário do e-escolhinhas, continham a ser fornecidos por adjudicação directa.
Na origem, os quatro programas comportavam a mesma infracção ao direito comunitário pelo facto de o fornecimento dos computadores neles previstos não ter sido submetido a concurso público como impõem as regras do mercado interno comunitário.
Bruxelas lembra que "em Abril e Julho de 2008, "o Ministério português das Obras Públicas, Transportes e Comunicações adjudicou directamente aos operadores de telecomunicações TMN, Sonaecom e Vodafone os contratos públicos para o fornecimento de computadores "notebook" e o fornecimento dos serviços Internet". Estes contratos foram concedidos no contexto dos programas de educação e-escolinhas, e-escola, e-professores, e e-oportunidades, para serem usados por estudantes, professores e estagiários, lembra.
Para a Comissão, "as autoridades portuguesas distorceram a concorrência ao definir os termos e condições precisos para o fornecimento dos "notebooks" e serviços Internet associados, e ao conceder subsequentemente os contratos públicos aos operadores de telecom sem o procedimento apropriado de adjudicação". "Isto poderá também ter resultado num desperdício de dinheiro dos contribuintes", nota em comunicado.
Além disso, "a Comissão pensa que os contratos incluíam especificações técnicas discriminatórias no que se refere aos microprocessadores que equipavam os "notebooks", o que limitou o âmbito dos computadores a fornecer"."
Como e' que o interesse publico pode ser servido limitando-se a escolha de fornecedores para um programa que ja custou mais de 900 milhoes de euros?
Noticia no Publico de hoje:
"A Comissão Europeia confirmou ontem que a adjudicação dos computadores Magalhães era ilegal face ao direito comunitário, mas decidiu arquivar o processo de infracção aberto contra Portugal depois de o Governo ter decidido abrir concurso público para os fornecimentos futuros.
Em contrapartida, Bruxelas prosseguiu o processo contra Portugal no caso dos computadores previstos nos programas e-escola, e-professores e e-oportunidades, que, ao contrário do e-escolhinhas, continham a ser fornecidos por adjudicação directa.
Na origem, os quatro programas comportavam a mesma infracção ao direito comunitário pelo facto de o fornecimento dos computadores neles previstos não ter sido submetido a concurso público como impõem as regras do mercado interno comunitário.
Bruxelas lembra que "em Abril e Julho de 2008, "o Ministério português das Obras Públicas, Transportes e Comunicações adjudicou directamente aos operadores de telecomunicações TMN, Sonaecom e Vodafone os contratos públicos para o fornecimento de computadores "notebook" e o fornecimento dos serviços Internet". Estes contratos foram concedidos no contexto dos programas de educação e-escolinhas, e-escola, e-professores, e e-oportunidades, para serem usados por estudantes, professores e estagiários, lembra.
Para a Comissão, "as autoridades portuguesas distorceram a concorrência ao definir os termos e condições precisos para o fornecimento dos "notebooks" e serviços Internet associados, e ao conceder subsequentemente os contratos públicos aos operadores de telecom sem o procedimento apropriado de adjudicação". "Isto poderá também ter resultado num desperdício de dinheiro dos contribuintes", nota em comunicado.
Além disso, "a Comissão pensa que os contratos incluíam especificações técnicas discriminatórias no que se refere aos microprocessadores que equipavam os "notebooks", o que limitou o âmbito dos computadores a fornecer"."
Como e' que o interesse publico pode ser servido limitando-se a escolha de fornecedores para um programa que ja custou mais de 900 milhoes de euros?
3.6.10
Propostas politicas de PPC
Segundo o Publico de hoje, "O PSD vai propor um regime excepcional que permita a flexibilização das leis laborais durante a vigência do PEC, ou seja, até 2013. [...] Convicto de que não há, de momento, condições políticas para um consenso entre organizações patronais e sindicais para a revisão do código do trabalho, o líder social-democrata defendeu a criação de medidas especiais, que contemplem a alteração da duração dos contratos de trabalho. Manifestando-se particularmente preocupado com o desemprego jovem, Passos Coelho entende que esta poderá ser uma via para facilitar o acesso ao mercado de emprego. Com carácter transitório para ser avaliada ao fim desses três anos."
"Uma outra proposta anunciada no Porto foi a da revisão da lei do arrendamento urbano. Passos Coelho alertou para "a bomba-relógio" que pende sobre as famílias portuguesas por causa dos aumentos dos juros do crédito à habitação. Também aqui a flexibilidade é a palavra de ordem do líder do PSD, com a salvaguarda de que o novo regime só se aplicaria a novos contratos de arrendamento. A criação de uma lista de inquilinos devedores (a exemplo do que acontece com as empresas com dívidas ao fisco), a mudança da natureza jurídica do contrato de arrendamento e a aceleração dos processos de despejo são algumas das medidas que se incluirão na proposta."
Segundo o Publico de hoje, "O PSD vai propor um regime excepcional que permita a flexibilização das leis laborais durante a vigência do PEC, ou seja, até 2013. [...] Convicto de que não há, de momento, condições políticas para um consenso entre organizações patronais e sindicais para a revisão do código do trabalho, o líder social-democrata defendeu a criação de medidas especiais, que contemplem a alteração da duração dos contratos de trabalho. Manifestando-se particularmente preocupado com o desemprego jovem, Passos Coelho entende que esta poderá ser uma via para facilitar o acesso ao mercado de emprego. Com carácter transitório para ser avaliada ao fim desses três anos."
"Uma outra proposta anunciada no Porto foi a da revisão da lei do arrendamento urbano. Passos Coelho alertou para "a bomba-relógio" que pende sobre as famílias portuguesas por causa dos aumentos dos juros do crédito à habitação. Também aqui a flexibilidade é a palavra de ordem do líder do PSD, com a salvaguarda de que o novo regime só se aplicaria a novos contratos de arrendamento. A criação de uma lista de inquilinos devedores (a exemplo do que acontece com as empresas com dívidas ao fisco), a mudança da natureza jurídica do contrato de arrendamento e a aceleração dos processos de despejo são algumas das medidas que se incluirão na proposta."