9.4.10
Director do Sol quer mais Marias de Lurdes Rodrigues
Na sua cronica da semana passada, Jose Antonio Saraiva escreve:
"[N]em seria mau encontrar um ‘novo Sócrates’ de outra área. Seria uma espécie de segundo fôlego do socratismo, com novos protagonistas. Só que não acredito que Passos Coelho seja esse homem. A minha suspeita funda-se no facto de estar sempre a dizer: ‘Criei uma comissão para estudar isto, criei outra comissão para estudar aquilo, é preciso um think tank para isto, outro para aquilo…’.
Ora, quando ouço este tipo de declarações, lembro-me sempre de uma frase de Salazar: «Quem quer fazer, faz; quem não quer, nomeia uma comissão». O país não precisa de estar sempre a voltar ao princípio, de repetir estudos que já foram feitos e acabaram numa gaveta, de nomear novas comissões, novos grupos de trabalho: o país precisa de quem pegue nos problemas, veja com olhos de ver os erros que se cometeram – e seja capaz de cortar a direito."
Um discurso simplista - sebastianista? - de utilidade limitada no pais complexo que Portugal e' hoje. Ja' nao estamos em 1985, em que havia muitos excessos do 25 de Abril para corrigir e crescimento economico "exogeno" para compensar os prejudicados pelas reformas.
"Cortar a direito" sem capacidade tecnica nem sensatez politica pode simplesmente levar a ainda mais tempo perdido, como foi o caso da anterior equipa da educacao, pelo menos na area da avaliacao de professores.
Nota: colaboro com o think-tank de Pedro Passos Coelho, Construir Ideias, ha cerca de um ano.
Na sua cronica da semana passada, Jose Antonio Saraiva escreve:
"[N]em seria mau encontrar um ‘novo Sócrates’ de outra área. Seria uma espécie de segundo fôlego do socratismo, com novos protagonistas. Só que não acredito que Passos Coelho seja esse homem. A minha suspeita funda-se no facto de estar sempre a dizer: ‘Criei uma comissão para estudar isto, criei outra comissão para estudar aquilo, é preciso um think tank para isto, outro para aquilo…’.
Ora, quando ouço este tipo de declarações, lembro-me sempre de uma frase de Salazar: «Quem quer fazer, faz; quem não quer, nomeia uma comissão». O país não precisa de estar sempre a voltar ao princípio, de repetir estudos que já foram feitos e acabaram numa gaveta, de nomear novas comissões, novos grupos de trabalho: o país precisa de quem pegue nos problemas, veja com olhos de ver os erros que se cometeram – e seja capaz de cortar a direito."
Um discurso simplista - sebastianista? - de utilidade limitada no pais complexo que Portugal e' hoje. Ja' nao estamos em 1985, em que havia muitos excessos do 25 de Abril para corrigir e crescimento economico "exogeno" para compensar os prejudicados pelas reformas.
"Cortar a direito" sem capacidade tecnica nem sensatez politica pode simplesmente levar a ainda mais tempo perdido, como foi o caso da anterior equipa da educacao, pelo menos na area da avaliacao de professores.
Nota: colaboro com o think-tank de Pedro Passos Coelho, Construir Ideias, ha cerca de um ano.