24.3.09
Algumas ideias para um ECD alternativo III
4) Seleccionar e motivar com base no desempenho relativo dos alunos de cada professor; e Definir o desempenho relativo dos alunos através de comparações com alunos semelhantes em outras escolas
Uma nova abordagem para a avaliação, sugerida recentemente, baseia-se na comparação dos resultados em exames nacionais dos alunos de cada professor com os resultados de turmas semelhantes de outras escolas. Há vários aspectos importantes nesta proposta:
a) A consideração de resultados de exames nacionais. Em contraponto, os resultados determinados pelos próprios professores são obviamente passíveis de desvirtuamento através de inflação de notas e não devem contar para a avaliação dos próprios professores.
b) A comparação de resultados com escolas diferentes. Avaliar professores através de comparações dentro da mesma escola pode reduzir a colaboração entre professores (ou mesmo, em casos extremos, a levar a actos de sabotagem). Com incentivos relativos dentro de cada escola, como é o actual sistema, inevitavelmente alguns professores irão mudar o seu comportamento ao ter em consideração que ajudar um colega significa uma menor probabilidade de receber um prémio. Sendo a colaboração entre professores potencialmente muito importante para o desempenho dos alunos, comparar resultados de escolas diferentes permite incentivar o espírito de equipa, precisamente o oposto do actual sistema.
c) O benchmarking com base em alunos/turmas semelhantes. O desempenho de cada aluno é obviamente determinado por vários outros factores além do trabalho do professor. Comparar alunos de escolas diferentes levaria à atribuição aos professores de responsabilidades alheias ao seu trabalho. Por outro lado, alunos ou turmas com resultados semelhantes nos exames nacionais no princípio de um ano seriam um bom termo de comparação para avaliar diferenças em termos do valor acrescentado por diferentes professores ao longo de um ano lectivo.
d) A comparação de resultados. Sendo todos os alunos sujeitos a exames nacionais todos os anos, seria possível encontrar, para cada turma, uma outra turma (ou um conjunto de outras turmas) na mesma disciplina ou ano escolar mas em outras escolas com resultados semelhantes no exame do ano anterior. O prémio de desempenho seria determinado em função dos ganhos relativos (se existirem) nos exames do ano corrente da turma do professor em relação às turmas de comparação.
5) Abordar o problema de uma maneira pragmática
Em todo o caso, é importante ter a humildade para se reconhecer que ainda não se sabe com certeza qual é a melhor maneira de gerir escolas. Além disso, o que é bom para uma escola pode ser mau para outra. Uma abordagem pragmática, baseada em projectos-piloto, avaliados com rigor e em tempo útil, provavelmente levará a melhores resultados.
4) Seleccionar e motivar com base no desempenho relativo dos alunos de cada professor; e Definir o desempenho relativo dos alunos através de comparações com alunos semelhantes em outras escolas
Uma nova abordagem para a avaliação, sugerida recentemente, baseia-se na comparação dos resultados em exames nacionais dos alunos de cada professor com os resultados de turmas semelhantes de outras escolas. Há vários aspectos importantes nesta proposta:
a) A consideração de resultados de exames nacionais. Em contraponto, os resultados determinados pelos próprios professores são obviamente passíveis de desvirtuamento através de inflação de notas e não devem contar para a avaliação dos próprios professores.
b) A comparação de resultados com escolas diferentes. Avaliar professores através de comparações dentro da mesma escola pode reduzir a colaboração entre professores (ou mesmo, em casos extremos, a levar a actos de sabotagem). Com incentivos relativos dentro de cada escola, como é o actual sistema, inevitavelmente alguns professores irão mudar o seu comportamento ao ter em consideração que ajudar um colega significa uma menor probabilidade de receber um prémio. Sendo a colaboração entre professores potencialmente muito importante para o desempenho dos alunos, comparar resultados de escolas diferentes permite incentivar o espírito de equipa, precisamente o oposto do actual sistema.
c) O benchmarking com base em alunos/turmas semelhantes. O desempenho de cada aluno é obviamente determinado por vários outros factores além do trabalho do professor. Comparar alunos de escolas diferentes levaria à atribuição aos professores de responsabilidades alheias ao seu trabalho. Por outro lado, alunos ou turmas com resultados semelhantes nos exames nacionais no princípio de um ano seriam um bom termo de comparação para avaliar diferenças em termos do valor acrescentado por diferentes professores ao longo de um ano lectivo.
d) A comparação de resultados. Sendo todos os alunos sujeitos a exames nacionais todos os anos, seria possível encontrar, para cada turma, uma outra turma (ou um conjunto de outras turmas) na mesma disciplina ou ano escolar mas em outras escolas com resultados semelhantes no exame do ano anterior. O prémio de desempenho seria determinado em função dos ganhos relativos (se existirem) nos exames do ano corrente da turma do professor em relação às turmas de comparação.
5) Abordar o problema de uma maneira pragmática
Em todo o caso, é importante ter a humildade para se reconhecer que ainda não se sabe com certeza qual é a melhor maneira de gerir escolas. Além disso, o que é bom para uma escola pode ser mau para outra. Uma abordagem pragmática, baseada em projectos-piloto, avaliados com rigor e em tempo útil, provavelmente levará a melhores resultados.