11.1.09
A crise (ainda) nao aparece nos despedimentos colectivos
Segundo dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, "nos primeiros dez meses de 2008, houve 176 empresas afectadas por despedimentos colectivos" (Publico), tendo sido despedidos 2979 trabalhadores.
Nao se poe em causa as dificuldades que estes ou quaisquer outros despedimentos podem criar aos afectados. Mas ao contrario do spin dado pela imprensa e varios blogues (por exemplo, o titulo da noticia no Publico e' "Trabalhadores afastados em despedimentos colectivos aumentou cerca de 30 por cento em 2008"), estes numeros sao uma gota de agua no universo do mercado de trabalho portugues:
Segundo dados da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, "nos primeiros dez meses de 2008, houve 176 empresas afectadas por despedimentos colectivos" (Publico), tendo sido despedidos 2979 trabalhadores.
Nao se poe em causa as dificuldades que estes ou quaisquer outros despedimentos podem criar aos afectados. Mas ao contrario do spin dado pela imprensa e varios blogues (por exemplo, o titulo da noticia no Publico e' "Trabalhadores afastados em despedimentos colectivos aumentou cerca de 30 por cento em 2008"), estes numeros sao uma gota de agua no universo do mercado de trabalho portugues:
- Em Portugal ha mais de 300.000 empresas, empregando um total de cerca de 3.5 milhoes de trabalhadores (mais informacao).
- Logo, os despedimentos colectivos so afectam cerca de 0.1% dos trabalhadores por conta de outrem e cerca de 0.05% das empresas.
Alem disso, as estatisticas indicam que, por ano, cerca de 20% destes postos de trabalho sao criados e destruidos simultaneamente (umas empresas expandem enquanto outras contraem); e que cerca de 40% dos trabalhadores estao envolvidos em contratacoes e separacoes.
O problema e' quando estas distorcoes da realidade comecam a afectar decisoes politicas de impacto significativo para as despesas do Estado - como o "emprestimo" de 100 milhoes de euros do governo 'a Quimonda para "salvar" 2.000 empregos...