27.3.08
Portugal manifestamente nao consegue avancar neste dominio de discussao de politicas. Embora tenham sido feitas varias declaracoes em sentido oposto nos ultimos anos (e.g. Socrates a defender o relancamento da Fundacao Jose Fontana e Menezes a indicar a formacao de um gabinete de estudos, com especialistas contratados no mercado), nada aconteceu ate agora.
Compreende-se: por um lado ha falta de capital humano nestes dominios entre os "especialistas" em Portugal; por outro lado, os nossos politicos querem ter o maximo de liberdade para decidir politicas, independentemente da sua qualidade.
Os custos para o pais deste "status quo" sao obvios. Por exemplo, os "think tanks" poderiam contribuir para discutir e sugerir um sistema de avaliacao de professores de melhor qualidade, evitando muitas das confusoes e adiamentos e incertezas e contestacoes do modelo que esta actualmente a ser introduzido. E note-se que este novo modelo so' surge tres anos depois da tomada de posse do governo, o que sugere que foi feito muito pouco trabalho de casa.
PS-Veja-se aqui um documento recentemente preparado sobre educacao pelo Partido Conservador (Reino Unido) - "Raising the bar, closing the gap: an action plan for schools to raise standards, create more good school places, and make opportunity more equal" para constatar os anos-luz de diferenca entre os dois paises.