7.1.08
LBRL (1)
Vale a pena ler, para quem se interesse pelo mercado de trabalho portugues - e queira ir alem das opinioes idiosincraticas ou lugares comuns que se encontram com frequencia na comunicacao social. Em particular, o capitulo 2 faz uma analise bastante pormenorizada do mercado de trabalho nos ultimos anos.
Vale a pena ler, para quem se interesse pelo mercado de trabalho portugues - e queira ir alem das opinioes idiosincraticas ou lugares comuns que se encontram com frequencia na comunicacao social. Em particular, o capitulo 2 faz uma analise bastante pormenorizada do mercado de trabalho nos ultimos anos.
Entre varios resultados, sobressai a grande disparidade entre as empresas portuguesas em termos do que cada uma delas faz gastar ao Estado em termos de subsidios de desemprego. A figura em baixo, extraida do LBRL, indica que um numero relativamente pequeno de empresas consome indirectamente um nivel muito elevado de recursos, por via dos subsidios de desemprego pagos aos seus ex-trabalhadores.
Como se diz no LBRL, os resultados desta analise sugerem que existe "subsidiacao cruzada", em que a maioria das empresas financia indirectamente a gestao de recursos humanos de um numero reduzido de empresas.
E lanca a sugestao, sem correspondencia em termos de recomendacoes especificas - provavelmente por ficar fora do ambito do LBRL - de "internalizar" estes custos junto de cada empresa. Por outras palavras, aumentar as contribuicoes para a seguranca social para as empresas com politicas de recursos humanos de grande rotatividade e diminuir correspondentemente as mesmas contribuicoes para as empresas que tendem a ter forcas de trabalho estaveis.