30.10.07
"Insucesso escolar em Portugal baixa sete pontos percentuais"...
... diz o Ministerio da Educacao, citado pelo Publico, referindo-se 'as taxas de reprovacao nos tres anos do Ensino Secundario em 2006/07 (cerca de 25%) em comparacao a 2004/2005. O comentario obvio e' que esta evolucao nao indica necessariamente que houve ganhos de aprendizagem entre os alunos do secundario. Pelo contrario, ha evidencia (embora, em geral, so' anedotica) que os niveis de exigencia tem vindo a baixar.
Claramente, ainda falta bastante para a politica educativa em Portugal comecar a ter algum caracter "evidence-based" minimamente serio. (Outro exemplo do atraso actual tratou-se, na semana passada, da conferencia sobre o Plano Nacional de Leitura, em que se insiste em se avaliar a contribuicao do Plano atraves da opiniao das escolas - e da populacao em geral - sobre os efeitos desse programa, ainda por cima com base em alguns estudos realizados por colegas da Ministra...)
Por outros lado, ha alguns sinais de progresso, incluindo a recente disponibilizacao pela internet das bases de dados dos resultados dos exames dos ensinos basico e secundario em varios anos (utilizadas para a construcao dos agora famosos "rankings" de escolas). Falta informacao necessaria para um estudo com alguma profundidade mas e' claramente um passo no sentido correcto. O problema e' se a ma' utilizacao das estatisticas - como no casos referidos das taxas de reprovacao no ensino secundario e dos estudos de "opiniao" do PNL - nao leva no futuro a retrocessos, se se assumir que quaisquer analises estatisticas sao necessariamente incorrectas.
... diz o Ministerio da Educacao, citado pelo Publico, referindo-se 'as taxas de reprovacao nos tres anos do Ensino Secundario em 2006/07 (cerca de 25%) em comparacao a 2004/2005. O comentario obvio e' que esta evolucao nao indica necessariamente que houve ganhos de aprendizagem entre os alunos do secundario. Pelo contrario, ha evidencia (embora, em geral, so' anedotica) que os niveis de exigencia tem vindo a baixar.
Claramente, ainda falta bastante para a politica educativa em Portugal comecar a ter algum caracter "evidence-based" minimamente serio. (Outro exemplo do atraso actual tratou-se, na semana passada, da conferencia sobre o Plano Nacional de Leitura, em que se insiste em se avaliar a contribuicao do Plano atraves da opiniao das escolas - e da populacao em geral - sobre os efeitos desse programa, ainda por cima com base em alguns estudos realizados por colegas da Ministra...)
Por outros lado, ha alguns sinais de progresso, incluindo a recente disponibilizacao pela internet das bases de dados dos resultados dos exames dos ensinos basico e secundario em varios anos (utilizadas para a construcao dos agora famosos "rankings" de escolas). Falta informacao necessaria para um estudo com alguma profundidade mas e' claramente um passo no sentido correcto. O problema e' se a ma' utilizacao das estatisticas - como no casos referidos das taxas de reprovacao no ensino secundario e dos estudos de "opiniao" do PNL - nao leva no futuro a retrocessos, se se assumir que quaisquer analises estatisticas sao necessariamente incorrectas.