10.6.06
Para que este blog?
Porque a discussao em Portugal sobre os temas da educacao e do trabalho precisa de ser aberta a uma abordagem mais cientifica e sistematica - e menos ideologica e casuistica - como aquela que resulta da ciencia economica.
Embora em grande medida ignorado em Portugal - ate em algumas universidades - desde ha varias decadas que se trabalha muito no estrangeiro na analise economica de varias areas que se podera chamar da "economia das pessoas". Ha mesmo varias sub-disciplinas dedicadas ao tema, como as economias do trabalho, da educacao, dos recursos humanos, etc. Em cada uma destas areas, centenas de investigadores por todo o mundo procuram responder a questoes tao variadas como: Qual e' o papel dos recursos escolares nos resultados dos alunos? Como e' que a legislacao laboral influencia o desemprego e a produtividade? Qual o papel da educacao em melhorar e empregabilidade e os salarios das pessoas?
Devia ser facil perceber que a contribuicao potencial da economia neste tipo de assuntos e' enorme. Os dois temas principais da economia sao, afinal, a "alocacao de recursos" e os incentivos. E que recurso e' mais importante para o bem-estar e o desenvolvimento de um pais que as suas pessoas? Conhecer, com rigor, sistematicamente, como funciona e como se poderia melhorar o sistema economico que envolve as pessoas e afecta as suas decisoes e' algo que pode ter um efeito enorme na qualidade de vida do pais.
No entanto, parece haver uma certa aversao em Portugal a misturar ciencia economica com os assuntos relacionados com as pessoas. Muitos parecem recusar a "intromissao" de uma ciencia que tem (correctamente) reputacao de rigorosa, "matematica", desapaixonada, em areas tao "humanas" como a educacao ou o trabalho. Trata-se de uma atitude - facilmente detectavel entre os que usam e abusam da expressao "economicismo" - que explica uma grande parte da estagnacao do pais: ao se recusar o que se pode aprender da ciencia economica - que tem sobretudo a ver a melhor aplicacao de recursos escassos-, o pais como um todo inevitavelmente empobrece - enquanto alguns interesses particulares saem beneficiados.
Porque a discussao em Portugal sobre os temas da educacao e do trabalho precisa de ser aberta a uma abordagem mais cientifica e sistematica - e menos ideologica e casuistica - como aquela que resulta da ciencia economica.
Embora em grande medida ignorado em Portugal - ate em algumas universidades - desde ha varias decadas que se trabalha muito no estrangeiro na analise economica de varias areas que se podera chamar da "economia das pessoas". Ha mesmo varias sub-disciplinas dedicadas ao tema, como as economias do trabalho, da educacao, dos recursos humanos, etc. Em cada uma destas areas, centenas de investigadores por todo o mundo procuram responder a questoes tao variadas como: Qual e' o papel dos recursos escolares nos resultados dos alunos? Como e' que a legislacao laboral influencia o desemprego e a produtividade? Qual o papel da educacao em melhorar e empregabilidade e os salarios das pessoas?
Devia ser facil perceber que a contribuicao potencial da economia neste tipo de assuntos e' enorme. Os dois temas principais da economia sao, afinal, a "alocacao de recursos" e os incentivos. E que recurso e' mais importante para o bem-estar e o desenvolvimento de um pais que as suas pessoas? Conhecer, com rigor, sistematicamente, como funciona e como se poderia melhorar o sistema economico que envolve as pessoas e afecta as suas decisoes e' algo que pode ter um efeito enorme na qualidade de vida do pais.
No entanto, parece haver uma certa aversao em Portugal a misturar ciencia economica com os assuntos relacionados com as pessoas. Muitos parecem recusar a "intromissao" de uma ciencia que tem (correctamente) reputacao de rigorosa, "matematica", desapaixonada, em areas tao "humanas" como a educacao ou o trabalho. Trata-se de uma atitude - facilmente detectavel entre os que usam e abusam da expressao "economicismo" - que explica uma grande parte da estagnacao do pais: ao se recusar o que se pode aprender da ciencia economica - que tem sobretudo a ver a melhor aplicacao de recursos escassos-, o pais como um todo inevitavelmente empobrece - enquanto alguns interesses particulares saem beneficiados.