15.8.08
3.8.08
Alunos estudam mais com incentivos financeiros?
Segundo o Publico de hoje, "[o] Ministério da Educação (ME) vai atribuir, já no próximo dia 12 de Setembro, um prémio de 500 euros aos melhores alunos do ensino secundário, numa iniciativa que implica um investimento global de meio milhão de euros." Segundo o texto do diploma legal, estes premios "assentam no direito do aluno a ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares"; alem disso, diz o Publico, "o dia 12 de Setembro passará a ser reconhecido como o "Dia do Diploma" e será assinalado todos os anos".
A medida nao e' original, ja que esta a ser adoptada em outros paises, nomeadamente nos EUA. No entanto, nao ha ainda resultados dessas experiencias - todas elas ainda em escala reduzida, ao contrario da portuguesa, 'a escala nacional. (Veja-se o artigo do New York Times sobre o tema - cujo titulo traduzi para esta entrada do blogue - ou a pagina de um dos avaliadores, Roland Fryer, de Harvard.) Por que nao esperar ate conhecer os resultados das experiencias em outros paises? Ou, pelo menos, por que nao avancar numa escala reduzida, para compreender como melhor lancar a ideia para todo o pais, como se esta a fazer nos EUA?
E porque dar os premios aos alunos que ja estao fora da escolaridade obrigatoria e que ja tem um incentivo forte para se esforcarem - a entrada na universidade -, quando Portugal ainda tem tantos alunos que nao completam o 9o ano?
Ultima duvida: se estes premios de merito sao lancados todos ao mesmo tempo e em todas as escolas secundarios e sabendo-se que os exames nacionais nao sao comparaveis de ano para ano, como aferir os efeitos da introducao dos premios no desempenho dos alunos?
Eu espero que resulte - embora nunca se ha de saber, dadas os problemas de avaliacao. Em todo o caso, receio que estes premios de merito sejam simplesmente mais 500.000 euros dos contribuintes com fraco retorno social.
Segundo o Publico de hoje, "[o] Ministério da Educação (ME) vai atribuir, já no próximo dia 12 de Setembro, um prémio de 500 euros aos melhores alunos do ensino secundário, numa iniciativa que implica um investimento global de meio milhão de euros." Segundo o texto do diploma legal, estes premios "assentam no direito do aluno a ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares"; alem disso, diz o Publico, "o dia 12 de Setembro passará a ser reconhecido como o "Dia do Diploma" e será assinalado todos os anos".
A medida nao e' original, ja que esta a ser adoptada em outros paises, nomeadamente nos EUA. No entanto, nao ha ainda resultados dessas experiencias - todas elas ainda em escala reduzida, ao contrario da portuguesa, 'a escala nacional. (Veja-se o artigo do New York Times sobre o tema - cujo titulo traduzi para esta entrada do blogue - ou a pagina de um dos avaliadores, Roland Fryer, de Harvard.) Por que nao esperar ate conhecer os resultados das experiencias em outros paises? Ou, pelo menos, por que nao avancar numa escala reduzida, para compreender como melhor lancar a ideia para todo o pais, como se esta a fazer nos EUA?
E porque dar os premios aos alunos que ja estao fora da escolaridade obrigatoria e que ja tem um incentivo forte para se esforcarem - a entrada na universidade -, quando Portugal ainda tem tantos alunos que nao completam o 9o ano?
Ultima duvida: se estes premios de merito sao lancados todos ao mesmo tempo e em todas as escolas secundarios e sabendo-se que os exames nacionais nao sao comparaveis de ano para ano, como aferir os efeitos da introducao dos premios no desempenho dos alunos?
Eu espero que resulte - embora nunca se ha de saber, dadas os problemas de avaliacao. Em todo o caso, receio que estes premios de merito sejam simplesmente mais 500.000 euros dos contribuintes com fraco retorno social.
